sexta-feira, 29 de março de 2013

‘Me senti traída’, diz mãe de menino assassinado por manicure em Barra do Piraí


Heraldo de Souza Bichara Júnior abraça a mulher Aline Eiras Sant’Ana Bichara no enterro do filho do casal, João Felipe, de 6 anos, morto pela manicure em Barra do Piraí
Heraldo de Souza Bichara Júnior abraça a mulher Aline Eiras Sant’Ana Bichara no enterro do filho do casal, João Felipe, de 6 anos, morto pela manicure em Barra do Piraí Foto: João Marcos Coelho / Diário do Vale
Herculano Barreto Filho
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Um relato à polícia dado a portas fechadas sobre a manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, assassina confessa de João Felipe Eiras Bichara, de 6 anos, asfixiado na segunda-feira num quarto do Hotel São Luís, em Barra do Piraí, teve tom de desabafo. A mãe do menino, a empresária Aline Eiras Sant‘Ana Bichara, de 38 anos, intercalava com lágrimas os detalhes sobre a relação de amizade com a manicure, cultivada em três anos de convivência: “Me senti traída”, contou.
Num depoimento de cerca de duas horas, registrado na tarde desta terça-feira na 88ª DP (Barra do Piraí), Aline disse que considerava a mulher que matou o seu filho como uma pessoa íntima.
— Ela falava com a manicure sobre coisas que não falava para nenhuma outra pessoa — disse o delegado João Mário de Omena, responsável pela investigação.
Aline lembrou que foi consolada pela assassina quando descobriu o desaparecimento do filho no Instituto Medianeira, colégio católico onde João Felipe foi levado pela manicure para ser assassinado. Horas depois, o corpo do menino foi encontrado dentro de uma mala na casa onde Suzana do Carmo morava, na área central de Barra do Piraí.
— A Aline está destruída. Chorava o tempo todo no depoimento e pedia ajuda, dizendo que essa situação não pode ficar impune. Ela se sentiu traída — explicou o delegado.
Rafael Fernandes:
Rafael Fernandes: "Suzana pegou o meu cartão e perguntou quanto custava a corrida do colégio ao hotel" Foto: Bruno Gonzalez / Extra
O taxista Rafael Fernandes, que levou Suzana e João Felipe até o hotel, conta que a manicure brincava com o menino dentro do carro, a caminho do local onde ele seria morto.
Estava no ponto de táxi quando a Suzana pegou o meu cartão e perguntou quanto custava a corrida do colégio ao hotel. No caminho, disse que era colega da mãe do João e que ele iria ficar com ela, porque a mãe tinha um compromisso. Quando chegamos perto da escola, ela começou a falar ao celular. Aí, disse: “Pega ele para mim?”. Ele já estava esperando — Ela ficava fazendo cócegas nele no caminho para o hotel. Quando paramos, ela disse: “Daqui a pouco, sua mãe vai te buscar”. Passaram uns 40 minutos e ela ligou, perguntando: “Quem entregou o João na escola? Ele não estava autorizado”. Depois, veio um senhor no ponto do táxi, dizendo que o menino tinha sido sequestrado.
Rafael contou ao EXTRA o que aconteceu no trajeto entre a escola e o hotel onde João Felipe foi assassinado. Assista ao vídeo:


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