quarta-feira, 3 de abril de 2013

Borges consolida participação do PR na coalizão do governo, diz Dilma

Presidente deu posse ao novo ministro em cerimônia no Palácio do Planalto.
Ela elogiou o antecessor de Borges, Paulo Passos, inidicado para a ANTT.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
Presidente Dilma Rousseff dá posse ao novo ministro dos Transportes, César Borges, no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) 
Presidente Dilma Rousseff dá posse ao novo ministro dos Transportes, César Borges, no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho /PR)
A presidente Dilma Rousseff deu posse nesta quarta-feira (3) ao novo ministro dos Transportes, o ex-governador da Bahia, César Borges (PR). Na cerimônia, que ocorreu no Palácio do Planalto, Dilma disse que César Borges “consolida” a participação do PR no governo.
“O César Borges consolida a participação do Partido da República na nossa coalizão do governo, o que para nós também é muito importante, e o faz de forma extremamente qualificada”, afirmou.
Borges é o terceiro ministro dos Transportes do governo Dilma e o terceiro do PR. O primeiro, Alfredo Nascimento, deixou a pasta após denúncias de irregularidades que envolviam seu nome. No lugar dele, assumiu Paulo Sérgio Passos. No entanto, o PR considerava Passos como um ministro da cota pessoal de Dilma, já que não havia sido indicado pelo partido. O próprio nome de Borges para o cargo não foi um consenso dentro do PR.
Durante o discurso, a presidente enfatizou a parceria do governo com o partido.“O PR é um partido que está conosco desde o dia em que o grande brasileiro José Alencar concorreu à vice-presidência em dobradinha com o ex-presidente Lula, o que nos levou à vitória nas três eleições que se seguiram”, disse Dilma.
Ela afirmou também que Borges terá um “time muito mais afinado” no ministério do que no início do  governo dela. “Acredito que ele [César Borges] contará hoje com um time muito mais afinado dentro do Ministério dos Transportes, no Dnit, também na Valec, do que no início do meu governo”, afirmou a presidente. O primeiro ministro dos Transportes do governo Dilma foi Alfredo Nascimento, também do PR, que deixou o cargo em julho de 2011 após envolvimento do seu nome em suposto esquema de corrupção no órgão.
No discurso, Dilma disse ainda que conhece a “competência de César Borges”, que, segundo a presidente,  realizou um trabalho “qualificado e eficiente” na vice-presidência do Banco do Brasil, cargo que ocupava antes de ser indicado para o ministério. Ele foi também ex-senador pela Bahia.
A presidente anunciou que o antecessor de Borges no ministério, Paulo Sérgio Passos, foi indicado por ela para integrar a direção da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT). A indicação ainda deve ser aprovada pelo Senado. Dilma também elogiou a atuação de Passos, que assumiu o comando do ministério após a saída de Nascimento. “Agradeço pelo seu trabalho, sua dedicação, sua competência e sua seriedade”, disse.
A presidente listou ainda uma série de medidas que ela considera que devem ser tomadas pelo Ministério dos Transportes na nova gestão, como duplicação de rodovias e construção de novas vias e destacou a integração das malhas ferroviária, rodoviária e portuária.

“Um país dessa dimensão que não sabe como se conectam ferrovias com porto, ferrovias com porto, a estrutura de aeroportos no tecido da malha logística, é um país míope”, afirmou. Ela falou sobre o Programa de Concessões e Logística, lançado no ano passado para estimular o investimento privado na infraestrura de transportes.

“Nós tomamos sistematicamente as medidas para construir esse saber que não é do governo, é um saber que passa pelo conhecimento do setor provado a respeito das suas próprias limitações quando está agindo na esfera econômica”, disse.

Resistência
Questionado por jornalistas, César Borges disse que não vê resistência ao seu nome dentro do PR para o cargo e que está “confortável”. “Não consegui ver essa resistência. Não me apareceu ninguém que dissesse ter resistência. Ao contrário, eu me dou bem com toda a bancada da Câmara dos Deputados, dentro do Senado, e estou muito confortável nessa posição pelo partido no governo federal” disse em entrevista após a cerimônia de posse.

O nome ministro disse que o nome do seu partido, o PR, “está limpo” e “afinado” com a presidente Dilma Rousseff. “Não vejo nada de sujo sobre o nome do partido”, disse. “O partido esteve aqui na primeira hora na conquista do presidente Lula. Foi um partido que apoiou, em um primeiro momento a presidenta Dilma. Então o partido está confortável dentro do governo. Se a presidente está confortável com o partido, o partido está muito bem dentro do governo”, afirmou.
César Borges, disse que pretende “pisar no acelerador para melhorar as rodovias” e negou que, por enquanto, fará grandes mudanças na equipe do Ministério dos Transportes. “Tudo indica que tudo funcionará da melhor forma possível, pelo menos no meu horizonte não aparece nenhum cenário de mudança dentro do ministério”, disse.
Já Paulo Sérgio Passos amenizou eventuais divergências com seu partido e disse que “a troca de ministros em um processo democrático é fato absolutamente normal”.  “Atribuo a saída a um processo normal, natural, próprio de um governo que se apóia numa coalizão política”.
“[Dilma Rousseff] entende que eu posso dar uma contribuição na ANTT, que é uma agência reguladora que tem grande importância, terá essa importância realçada ainda por projetos como o trem de alta velocidade, as concessões. Eu me coloco como um soldado da presidenta. Como fui até agora no Ministério dos Transportes”, afirmou.

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