sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Paralisação de estivadores termina no Porto de Paranaguá



Funcionários são contra MP 595 que prevê mudanças no setor portuário.
Segundo Appa, não houve nenhum transtorno durante a mobilização. 

Paralisação começou às 7h e foi até as 13h desta sexta-feira (22) (Foto:  Jorge Woll - Seil/ Appa/ Divulgação)Paralisação começou às 7h e foi até as 13h desta sexta-feira (22) (Foto: Jorge Woll - Seil/ Appa/ Divulgação)
A paralisação dos estivadores que atuam no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, terminou como planejado às 13h desta sexta-feira (22). De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a ação transcorreu tranquilamente e não houve qualquer espécie de transtorno durante a mobilização.

As articulações são um protesto dos trabalhadores do setor portuário contra a Medida Provisória 595/2012, que prevê mudanças para o segmento. De acordo com o governo federal, a medida prevê um novo marco regulatório que visa permitir a regulação do serviço de praticagem, eliminação de barreiras à entrada de novas empresas no setor, a abertura de novas chamadas públicas para construção de TUPs (portos privativos), além da aceleração de processos de arrendamento de áreas para prestação de serviços e licenciamento ambiental. A MP foi lançada em dezembro do último ano junto com um pacote de investimentos de R$ 56 bilhões.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná (Sindestiva), Antonio Carlos Bonzato, a medida do governo federal  privilegia os futuros investidores e cria uma concorrência desleal para os portos público. "A médio prazo a medida provisória vai quebrar os portos que são públicos e os terminais privados que estão dentro", afirmou Bonzato.

Segundo a Appa, devido a paralisação, as operações nos 16 navios atracados nos cais de Paranaguá e Antonina. A Appa divulgou ainda que somente um navio de granel líquido, que não depende de mão de obra, operou normalmente. Nas demais fainas, os trabalhadores foram requisitados, entraram no Porto, mas não assumiram as funções.

Quanto aos terminais privados, as estruturas de recepção de caminhões e vagões funcionaram normalmente pela manhã. Apenas no recebimento dos granéis do corredor de exportação, que é a parte pública, houve paralisação.

Para sindicato, MP 595 vai quebrar portos públicos (Foto: Jorge Woll - Seil/ Appa/ Divulgação)Para sindicato, MP 595 vai quebrar portos públicos (Foto: Jorge Woll - Seil/ Appa/ Divulgação)
Para terça-feira (26) estava prevista uma paralisação similar à realizada nesta sexta-feira, porém, o governo federal e representantes dos trabalhadores do setor portuário fecharam um acordo que suspendeu até o próximo dia 15 de março as mobilizações nos portos do país. Nesse período, serão mantidas entre as duas partes as negociações sobre a medida provisória.

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